Blog da Secretaria Municipal da Cultura e Turismo de Unaí

Apresentação

A Secretaria Municipal da Cultura e Turismo de Unaí tem como principais atribuições executar atividades relacionadas a promover o desenvolvimento cultural e turístico de Unaí, valorizar e difundir as manifestações culturais da comunidade local e preservar os bens arquitetônicos, buscando ainda preservar o rico patrimônio imaterial da cidade . Fortalecer o desenvolvimento cultural de Unaí através de ações práticas de promoção e fluição cultural. Acompanhe este blog, divulgue para seus amigos, logo teremos uma agenda com toda a programação cultural da cidade.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Cultura mineira de luto, morre Pena Branca, cantor, que formou dupla com o irmão Xavantinho, representava a música caipira de raiz

A música sertaneja de raiz autêntica, aquela feita por gente do Interior cantando as coisas do Interior, perdeu um de seus maiores representantes: o cantor mineiro Pena Branca, 70 anos (1939 – 2010). Vítima de infarto, José Ramiro Sobrinho morreu no final da tarde de segunda-feira, em São Paulo, depois de cinco décadas de trajetória – boa parte delas ao lado do irmão Ranulfo Ramiro da Silva, o Xavantinho, falecido em 1999, com quem deu voz a canções como Cio da Terra, Cálix Bento e Que Terreiro É Esse.

Matéria publica no jornal Zero Hora  - Edição OnLine 10/02/10 nº 16242


+ informações:
Letra e Música:
O Ciúme  - Pena Branca e Xavantinho


Dorme o sol à flor do Chico, meio-dia
Tudo esbarra embriagado de seu lume.
Dorme ponte, Pernambuco, Rio, Bahia.
Só vigia um ponto negro: o meu ciúme

O ciúme lançou sua flecha preta,
e se viu ferido justo na garganta.
Que nem alegre, nem triste, nem poeta,
entre Petrolina e Juazeiro canta
Velho Chico vem de Minas,
de onde o oculto do mistério se escondeu.

Sei que o levas todo em ti, não me ensinas
e eu sou só, eu só eu, só eu.
Juazeiro nem te lembras desta tarde.
Petrolina nem chegaste a perceber,
mas, na voz que canta, tudo ainda arde.

Tudo é perda, tudo quer buscar, cadê ?
Tanta gente canta, tanta gente cala,
tantas almas esticadas no curtume.
Sobre toda estrada, sobre toda sala,
paira, monstruosa, a sombra do ciúme

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